A permanência no euro obriga os países em dificuldades - os PIGS - a reduzirem os seus níveis de vida para valores compatíveis com a sua produtividade económica através de medidas explicitamente tomadas pelo governo - e, portanto, medidas que são contestáveis na rua e que têm um alvo, o governo.
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A saída do euro, e a consequente desvalorização das moedas nacionais, faz o mesmo - reduzir o nível de vida desses países para valores compatíveis com a sua produtividade - mas fá-lo através de um processo impessoal - o do mercado cambial - e, portanto, não existe ninguém contra o qual as pessoas se possam revoltar.
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Por isso, as manifestações de protesto na Grécia só vão parar quando o país saír do euro.
PA
ResponderEliminarHá uma alternativa, germanica, protestante, que alguns tem feito e provavelmente se pode apostar: Aumentar a produtividade !
Como ?
A industria do calçado já o tem feito.
Acabar com as facilidades/negociatas/compras públicas à economia da Bens e Serviços não Transaccionáveis maioritariamente sedeadas em Lisboa.
Diminuir os custos energéticos na produção nacional aumentando radicalmente o custo do uso das rodovias para transporte de mercadorias.
Incentivar fiscalmente a entrada da economia informal nas estatísticas, garantindo assim o aumento do PIB e redução dos rácios endividamento/PIB.
Porque é que você não explora esta vertente ? Porquê a concentração apenas nos custos e esquecer os proveitos ?
ADM,
ResponderEliminarEntão mas não foi isso que se andou a fazer ao longo dos últimos 25 anos com o dinheiro da UE para a formação profissional, e com os resultados que estão à vista?
Caro PA,
ResponderEliminarNao está a advogar um método "protestante" de atacar o problema?
Joaquim
Joaquim,
ResponderEliminarSim. Foi também o método protestante que gerou o problema.
«Sim. Foi também o método protestante que gerou o problema.»PA
ResponderEliminarhummm, é o principio da vacina, combater o virus com o próprio virus (morto), não é Joaquim?
Mas, enfim, continuo a achar que essa vacina está carregadinha de Adjuvantes malignos ehehe.
Por falar em maligno, ouvi falar em certos circuitos, que na Alemanha está em preparação uma 'join-venture' com a Russia para formar um mercado alternativo à UE (nada que me surpreenda atendendo à boa parceria energética na NorthStream); dizem as más linguas que a Alemanha até já está a imprimir (novos) marcos, para precaver qualquer situação... conspirações?
RB
PA, acho que não. Eis as provas:
ResponderEliminar1. Efectivamente houve empresas e sectores que conseguiram deixar de vender pelo preço baixo (calçado, Efacec, Bial, Siscog, etc)
2. Nos últimos 25 anos o que houve foi cada vez mais o Estado Central ser permeável aos interesses dos fornecedores de BSNT: Expos, construção de autoestradas com ou sem Scut, estádios para as Brisas, Cimenteiras e Constutoras e GALP, energias renováveis subsidiadas para a EDP, programas e-escolinhas e afins para a PT, tudo isto financiado externamente intermediado pela banca, consultores e escritórios de advogados do regime e de Lisboa;
3. O transporte de mercadorias pela via féria é 2 vezes mais baixo do que pela via rodoviária e 5 vezes mais baixo pela via marítima. Portugal continua com bitola ibérica, reduziu o serviço ferroviário, e não investiu suficiente em logística portuária. Porém nos últimos 25 anos passamos da nulidade em auto-estradas para a maior densidade por PIB ou população !!!
4. Nos últimos 25 anos não houve qualquer incentivo à captação da economia informal para as estatísticas. Quando muito um aumento de impostos para os que já estavam dentro do sistema. A melhor forma de colocar na economia formal a informal é mesmo descer os impostos e permitir que os clientes dos fornecedores informais possam deduzir as facturas no seu IRS.
Há portanto muito a fazer para se aumentar a produtividade. Reconheço que dá trabalho.