16/05/10

Proximamente

Proximamente em Portugal (aqui).
Alemães perdem paciência (aqui).

Quando Portugal sair do Euro - um acontecimento que me parece estar agora a curta distância no tempo - a região mais afectada, em termos de emprego, será Lisboa. É aí que se encontram os empregos do Estado e das empresas públicas - muitos deles posssuindo um carácter político, e portanto dispensável - que têm sido mantidos pelos níveis de endividamento tornados possíveis pela moeda única.
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Sem euro, e com o bento, os custos de financiamento serão mais elevados. O Estado e as empresas públicas serão os mais afectados e terão de despedir em massa. Lisboa deixará de ser a região do país onde, com mais probabilidade, se encontra emprego para passar aquela onde, com mais probabilidade, se fica no desemprego.
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Os desempregados vão regressar, em grande parte, às suas terras natais, onde frequentemente possuem casa e outros activos, como terras e sobretudo relações pessoais que lhes permitirão viver, e onde o custo de vida é apreciavelmente mais baixo que em Lisboa. A saída do euro vai fazer a descentralização económica do país que o euro só tem contribuído para centralizar.

3 comentários:

  1. Os desempregados vão regressar, em grande parte, às suas terras natais, onde frequentemente possuem casa e outros activos, como terras e sobretudo relações pessoais que lhes permitirão viver, e onde o custo de vida é apreciavelmente mais baixo que em Lisboa. A saída do euro vai fazer a descentralização económica do país que o euro só tem contribuído para centralizar.

    http://www.nytimes.com/2010/05/16/world/europe/16spain.html?hp

    QED

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  2. Desde que entrámos no Euro que temos vindo a perder poder de compra. Será que sair deste projecto que só favorece as economias pujantes da Alemanha e da França, não será benéfico numa óptica do consumo interno?

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  3. Nesse cenário, saída do euro, o 'regresso à terra' parece ser uma dedução lógica, e até seria mto boa... no entanto, a coisa não é nada fácil... perder-se-ão talvez uns 20 anos...as pessoas estão endividadas e de certa forma presas a 'Lisboa' pelo crédito habitação.

    Não poderão recomeçar negócio nas suas terras sem que antes paguem, vendam ou aluguem as suas casas em Lisboa; Este é o grande obstáculo ao desenvolvimento, o endividamento, que castra a iniciativa futura.

    RB

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