Visto de avião é assim. Mas se você descer lá abaixo...
No país socialista ninguém precisa de ninguém e todos precisam do Estado. A única necessidade que fica por satisfazer, e que o Estado não pode satisfazer, é a necessidade sexual. A relação entre o homem e a mulher tem um conteúdo puramente sexual, e só este. As relações de longa duração, como o casamento, são desincentivadas, deixando homens e mulheres permanentemente disponíveis para a ligação sexual, a qual tende a revestir um carácter fortuito e ocasional. Não existe prostituição no país socialista porque qualquer mulher na sociedade está disponível para desempenhar a mesma função gratuitamente. Todas as mulheres são iguais.No país liberal a prostituição é um negócio como qualquer outro e uma manifestação da liberdade contratual entre as partes. Este é o país que maximiza a prostituição e que mais facilmente a institucionaliza. Existe prostituição feminina e masculina. A figura do giggolo é uma figura típica do país liberal. O negócio da prostituição pode tornar-se um negócio multinacional e de exportação. As condições do negócio obedecem às leis do mercado. O frágil sentido de comunidade do país liberal não apenas encoraja o divórcio e as relações livres como confere um alto grau de mobilidade à sua população. A prostituição é vista como um arranjo espontâneo da sociedade para responder à procura de serviços sexuais que daqui resulta.No país católico, a sexualidade fora do casamento é fortemente reprimida. A prostituição existe e é vista como um amortecedor e uma defesa social contra a agressividade dos instintos sexuais não enquadrados pelo casamento, especialmente os masculinos, como os dos homens solteiros e os dos trabalhadores imigrantes. Por isso, a prostituição no país católico é sobretudo feminina. A prostituição é tolerada como uma espécie de mal menor, assumindo predominantemente um carácter informal e discreto, que todos sabem que existe mas ninguém parece querer ver e menos ainda falar. A comunidade lida com a prostituição fazendo uma espécie de vista grossa.
21/03/10
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