11/03/10

O Trabalhador (vii)

Visto de avião é assim. Mas se você descer lá abaixo...
No país socialista, a vida do trabalhador está dependente do Estado. Desde que exista uma necessidade, e ela possua uma escala suficientemente nacional, compete ao Estado organizar a produção para a satisfazer. A natureza da produção, a sua localização e as condições em que será efectuada (tecnologia, salários, horários, empresa pública ou privada, etc.) serão determinadas pelo Estado. O trabalhador segue as decisões do Estado, as quais determinarão onde vai viver, o que vai fazer e em que condições exerce o seu trabalho. Neste país os trabalhadores devem estar preparados para emigrar dentro das fronteiras nacionais à procura de emprego.No país liberal, a vida do trabalhador está dependente do mercado. Neste país, a produção é feita para o mercado mundial. É o mercado internacional que selecciona quais os bens a produzir, os locais (vilas, cidades, países) onde eles se vão produzir, e as condições em que serão produzidos. O local onde o trabalhador vai viver, o tipo de emprego que vai obter, e as condições em que o vai desempenhar são determinadas pelo mercado. O liberalismo impõe a máxima mobilidade aos trabalhadores, a qual pode ir até à emigração para o estrangeiro.No país católico, a vida do trabalhador está dependente da comunidade local. A produção é organizada para satisfazer as necessidades da comunidade local. Aquilo que se produz é determinado pelo mercado local, eventualmente corrigido pela intervenção subsidiária da autoridade política local. Cada trabalhador é livre de organizar a produção como lhe aprouver, normalmente sob a forma de uma empresa familiar. Este país não favorece a emigração nem para outras localidades do país, menos ainda para o estrangeiro. Este é um país propenso a que um trabalhador se torne empresário.

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