24/03/10

A Administração Regional do Estado (xxii)

O país socialista é centralizador e não admite qualquer forma de regionalização do poder político. A regionalização introduz diferenças na provisão dos bens e dos serviços públicos, e as diferenças são o exacto oposto daquilo que o socialismo visa realizar - a igualdade. No país socialista puro existe a Administração Central do Estado e nenhuma forma de administração regional ou local. As regiões do país e as localidades são servidas por extensões da burocracia do Estado Central. O poder local e regional não é valorizado

O país liberal é o reino da descentralização regional e local. Este é o país dos individualistas onde, no limite, cada um ambicionaria ter um Estado só para si e feito à sua medida. Tal não sendo possível, as pessoas são levadas a associar-se por interesses locais e regionais comuns e a estabelecer comunidades políticas locais e regionais, cujos governos retiram ao governo central às vezes competências muito amplas. Este é o país que leva o poder local e regional ao máximo, às vezes comprometendo a própria unidade nacional.

O país católico oferece uma solução de compromisso entre as duas soluções anteriores, nem a centralização absoluta do socialismo, nem a descentralização extrema do liberalismo. As comunidades locais são valorizadas e alguma autonomia é devida, mas somente até ao ponto em que não ponha em causa a unidade da comunidade de ordem imediatamente superior - a comunidade regional. Pela mesma razão a comunidade regional é valorizada, desde que não ponha em risco a unidade da comunidade nacional. Este país valoriza o poder local e regional com a condição de não porem em risco ou constituirem uma ameaça ao poder central.

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